quarta-feira, 3 de julho de 2013

Incursões e violações nas prisões israelenses

Forças Especiais da Ocupação israelense violam direitos dos prisioneiros, invadem presídios e realizam buscas agressivas nas celas


da redação do Comitê Brasileiro de Apoio aos Presos Políticos Palestinos em Israel


As Forças Especiais de Nathson, Metseda, Dros e Yilmaz realizaram, no mínimo, 21 ataques a prisioneiros de segurança palestinos desde o início de 2013. Ocorreram 4 incursões em Naftha, 7 em Aysel, 2 em Naqab, 2 em Askalan, 3 em Rimoun e 3 em Megiddo, afetando, ao menos, 890 prisioneiros. Até agora, 275 prisioneiros foram transferidos para outras prisões como uma consequência direta das ações das Forças de Ocupação. Invasões violentas e buscas frequentemente são realizadas nas primeiras horas da manhã, quando os prisioneiros são encurraladas e postos fora das celas, geralmente algemados nas mãos e nos pés, para o pátio, local onde permanecem por horas até que as Forças Especiais finalizem as buscas e apreensões nas celas. Cães de busca muitas vezes são utilizados com o objetivo de buscar e destruir pertences dos prisioneiros, além do confisco de diversos itens dos presos políticos que nunca mais são recuperados. Quando os presos contestam as buscas e apreensões, são punidos severamente.
Em Askalan, as Forças Especiais dispararam balas de borracha contra os presos durante a incursão. Em Nafta, no final de janeiro deste ano, durante outra incursão policial, 80 presos foram removidos da prisão e transferidos a revelia. Em 28 de fevereiro, em Rimoun, as autoridades prisionais atacaram e feriram gravemente 3 prisioneiros palestinos. No dia 2 de maio, os prisioneiros foram submetidos a uma intrusiva e humilhante seção de busca em larga escala.
Crianças presas também não estão isentas do tratamento cruel das Forças Especiais. Em HaSharon, o representante das crianças presas, Mohamad Q., uma criança prisioneira também, foi transferido para a Prisão de Ofer, depois que ele apresentou queixa conta a administração prisional, alegando falta de luz em sua cela, devido a uma folha metálica instalada na janela. Ele era um constante defensor dos direitos das crianças prisioneiras e, consequentemente, a transferência de prisão é considerada uma tentativa de impedi-lo de “causar desobediência civil”.
Em março, as autoridades prisionais utilizaram variadas táticas de punição contra os prisioneiros engajados na greve de fome. Na seção 2 em Megiddo, a água foi cortada por pelo menos um dia inteiro, além das torturas, ameaças de violência física e psicológica e das transferências de presos.

Um comentário:

  1. Negociações de paz entre palestinos e israelenses condenadas ao fracasso.

    www.marchaverde.com.br

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