da redação do Comitê Brasileiro de Solidariedade aos Presos Políticos Palestinos em Israel
Em meio a tensões sobre a situação de saúde dos encarcerados, o Estado Ocupante nega auxílio médico adequado
Em meio a tensões sobre a situação de saúde dos encarcerados, o Estado Ocupante nega auxílio médico adequado
O Ministério dos Assuntos dos Prisioneiros anunciou que o serviço prisional da ocupação israelense determinou que ficará a cargo dos prisioneiros doentes, que necessitam de tratamento, cirurgias ou procedimentos específicos, o custo dos gastos médicos.
Um relatório oficial emitido pelo ministério rechaça a determinação: "Trata-se de um abandono severo de responsabilidade do Governo de Israel pela vida e saúde dos prisioneiros detidos em suas prisões, que contraria as determinações da Convenção de Genebra e do Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos."
O ministério ainda salientou que que esta política de perseguição pelo serviço prisional é uma política de chantagem sem moral, com o objetivo de prejudicar a saúde e vida dos prisioneiros. Tal procedimento e abandono de obrigações médicas , somado a difícil possibilidade financeira dos presos só deve agravar ainda mais o estado de saúde de cada encarcerado.
Conforme informações do relatório, além da violação dos direitos dos prisioneiros, em particular o direito de tratamento médico necessário, a medida fere a classe social dos prisioneiros, por se tratar de um desrespeito contra as famílias, e as leis humanitárias, de ética médica e as internacionais.
O relatório do ministério citou nomes de prisioneiros que necessitam urgentemente do tratamento pago:
- O prisioneiro Hussein Ali Youssef Khalil, 24 anos, morador da aldeia Al-Khaderv, distrito de Belém, foi condenado a sete anos. De acordo com advogado do Ministério dos Prisioneiros, Rami El- Alami, a administração e os médicos de Prison Alramon, onde se encontra o pres,o exigiram 7,000 shekels (1800 dólares), a fim de comprar um fone de ouvido para seus ouvidos, uma vez que tem problemas auditivos no ouvido esquerdo. Após os exames, decidiu comprar e utilizar o aparelho de audição por conta própria.
- O prisioneiro Ahmad Jameel Ahmed Chibri, 27 anos, morador de Nablus, foi condenado a 15 anos. De acordo com o advogado do Ministério dos Prisioneiros, Fadi Ubeidat, a gestão e os médicos da prisão Megiddo, onde se encontra o prisioneiro, pediram a ele para pagar as lentes de seus óculos por sua própria conta.
- O prisioneiro Ahmed Nidal Alnis, morador de Belém, de 30 anos, foi condenado a sete anos de prisão. De acordo com o advogado do Ministério dos Prisioneiros, Rami Alalmi, a gestão e os médicos de prisão Negev, onde se encontra o prisioneiro, exigiram o pagamento de 5.000 shekels (1400 dólares) por um par de lentes de contato. O prisioneiro sofre com problemas oculares, que já evoluíram muito e que reduziram a porcentagem de visão drasticamente. Hoje, ele tem um campo de visão de alcance de no máximo 1 metro distância.
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