segunda-feira, 6 de maio de 2013

Medida surpresa de autoridades da ocupação na Faixa de Gaza impede que crianças visitem seus pais prisioneiros


Segundo pesquisador, a idade máxima teria sido manipulada; antes era permitida a entrada de filhos de até 10 anos de idade, hoje a permissão é para até 8 anos, o que impediria a visita de relevante porcentagem do número total de crianças palestinas

O Centro de Estudos dos Prisioneiros da Palestina afirma que a  autoridades de ocupação manipularam as permissões de visitas aos presídios da Faixa de Gaza para crianças que, agora, abaixo de 8 anos, não podem ver seus pais, irmãos e parentes prisioneiros.

Quem afirma a manipulação é o pesquisador Riad Al Ashqar , diretor do centro de informação. Segundo ele, a ocupação tomou a medida de modo a surpreender as famílias dos prisioneiros, condicionando a entrada de crianças com no máximo 8 anos. De acordo com Al Ashqar, a maioria das crianças visitantes passam de 8 anos, e explica que isso se deve ao fato de que houve um período de 6 anos de proibição de visitas aos prisioneiros, resultado punitivo durante os acordo de liberação do soldado israelense Gilad Shalit, e que, portanto, a média de idade das crianças estaria fora do novo limite imposto pelo sistema prisional israelense. 

O pesquisador relata que a ocupação havia prometido aos prisioneiros, durante reunião realizada há um mês, na prisão Hadarim, com a presença do vice-diretor prisional de Bethun e representantes dos prisioneiros palestinos da Faixa de Gaza, a permissão de visitas das famílias acompanhadas com crianças de até 10 anos de idade. Além desta garantia, acordaram uma série de direitos, chamados pela administração prisional de “Programa de Facilitação para os Prisioneiros", apresentados numa tentativa de controlar o crescente número de protestos realizados após o a morte do prisioneiro Maysara Abouhmdah.

Al Ashqar diz que, "como sempre a ocupação não cumpriu os seus compromissos e reduziu a idade máxima permitida de crianças de 10 para 8 anos", e apelou aos órgãos internacionais, em especial à Cruz Vermelha Internacional, para intervir e instaurar um novo programa de visitas as prisioneiros de Faixa de Gaza, como no passado, de modo que o prisioneiro possa receber  visita da família uma vez por mês, e não a cada 6 meses, bem como exigir da ocupação a permissão de visitas para crianças de até 16 anos.

As prisões da ocupação ainda detêm 455 prisioneiros da Faixa de Gaza, entre eles vários prisioneiros veteranos detidos desde antes de 1994.

Um comentário:

  1. Muito triste isso!
    Rezo por todos eles e que sejam libertos de todas as prisões e da ignorancia dos homens.

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