Segundo
pesquisador, a idade máxima teria sido manipulada; antes era permitida a
entrada de filhos de até 10 anos de idade, hoje a permissão é para até 8
anos, o que impediria a visita de relevante porcentagem do número total
de crianças palestinas
O
Centro de Estudos dos Prisioneiros da Palestina afirma que
a autoridades de ocupação manipularam as permissões de visitas aos
presídios da Faixa de Gaza para crianças que, agora, abaixo de 8 anos,
não podem ver seus pais, irmãos e parentes prisioneiros.
Quem
afirma a manipulação é o pesquisador Riad Al Ashqar , diretor do centro
de informação. Segundo ele, a ocupação tomou a medida de modo a
surpreender as famílias dos prisioneiros, condicionando a entrada
de crianças com no máximo 8 anos. De acordo com Al Ashqar, a maioria das
crianças visitantes passam de 8 anos, e explica que isso se deve ao
fato de que houve um período de 6 anos de proibição de visitas aos
prisioneiros, resultado punitivo durante os acordo de liberação do
soldado israelense Gilad Shalit, e que, portanto, a média de idade das
crianças estaria fora do novo limite imposto pelo sistema prisional
israelense.
O
pesquisador relata que a ocupação havia prometido aos prisioneiros,
durante reunião realizada há um mês, na prisão Hadarim, com a presença
do vice-diretor prisional de Bethun e representantes dos prisioneiros
palestinos da Faixa de Gaza, a permissão de visitas das famílias
acompanhadas com crianças de até 10 anos de idade. Além desta garantia,
acordaram uma série de direitos, chamados pela administração prisional
de “Programa de Facilitação para os Prisioneiros", apresentados numa
tentativa de controlar o crescente número de protestos realizados após o
a morte do prisioneiro Maysara Abouhmdah.
Al Ashqar diz que, "como
sempre a ocupação não cumpriu os seus compromissos e reduziu a idade
máxima permitida de crianças de 10 para 8 anos", e apelou aos
órgãos internacionais, em especial à Cruz Vermelha Internacional, para
intervir e instaurar um novo programa de visitas as prisioneiros de
Faixa de Gaza, como no passado, de modo que o prisioneiro possa
receber visita da família uma vez por mês, e não a cada 6 meses, bem
como exigir da ocupação a permissão de visitas para crianças de até 16
anos.
As
prisões da ocupação ainda detêm 455 prisioneiros da Faixa de Gaza,
entre eles vários prisioneiros veteranos detidos desde antes de 1994.
Muito triste isso!
ResponderExcluirRezo por todos eles e que sejam libertos de todas as prisões e da ignorancia dos homens.