sexta-feira, 1 de março de 2013

Doze presos políticos palestinos entram em greve de fome, parte deles segue em risco de morte



Há duas semanas as Forças Israelenses do Sistema Carcerário de Israel não permitem que os advogados da Associação Addameer visitem os prisioneiros políticos palestinos

Abaixo, conheça o perfil de alguns deles, detidos ilegalmente pelas Forças Israelenses 


Detento Ayman Sharawna, 36 anos, de HebronComeçou sua histórica greve de fome em 01/07/2012, para protestar e manifestar sua rejeição por ter sido recapturado. Sua detenção é justificada pela seção 186 da ordem militar israelense nº 1651, que autoriza a comissão especial militar a “cancelar a liberdade antecipada”  de detidos que são liberados por acordos em operações de troca de prisioneiros. Isso significa que Ayman Sharawna segue sob a condenação de mais 28 anos que sobraram de regra anterior.



Sharawana cessou sua greve de fome depois de ser enganado pela inteligência do departamento penitenciário israelense no final do mês de dezembro de 2012, mas retomou a greve em 17/01/2013 e atualmente está encarcerado em cela de isolamento na prisão de “Ayla” em Beer Sabee (BeerSheba), submetido a tratamento cruel e degradante por parte das forças israelenses, do sistema penitenciário e das forças especiais. 

Detento Samer Issawi, 33 anos, de Issawiya, distrito de Jerusalém
Samer Issawi foi preso em 07/07/2012, e iniciou sua greve de fome em 01/08/2012, também em protesto contra sua nova detenção. Ele é um dos presos políticos liberados durante o recente acordo de troca de prisioneiros, que ocorreu no final de ano 2011, assinado entre Hamas e Israel.
Há quase 8 meses em greve de fome, Issawi sofreu uma severa redução no peso, e hoje está com 45 quilos. Comparando ao peso de quando foi preso (68Kg) o palestino até hoje perdeu mais de 20 quilos.
Issawi está fraco e já não tem mais forças para andar. Movimenta-se com o auxílio de uma cadeira de rodas, e não em raras vezes ele se recusa também a beber água.
Em 21/02/2013 o tribunal israelense condenou Issawi por oito meses a partir da data de sua prisão, em razão de violação da ordem militar para não entrar nas áreas da Cisjordânia. A justificativa é baseada na já citada de seção nº 186 da ordem militar 1651, e obriga o preso a cumprir o restante de sua antiga condenação. No caso de Samer Issawi, ainda lhe resta 20 anos.


Há quase 8 meses em greve de fome, Issawi sofreu uma severa redução no peso, e hoje está com 45 quilos. Comparando ao peso de quando foi preso (68Kg) o palestino até hoje perdeu mais de 20 quilos.
Issawi está fraco e já não tem mais forças para andar. Movimenta-se com o auxílio de uma cadeira de rodas, e não em raras vezes ele se recusa também a beber água.
Em 21/02/2013 o tribunal israelense condenou Issawi por oito meses a partir da data de sua prisão, em razão de violação da ordem militar para não entrar nas áreas da Cisjordânia. A justificativa é baseada na já citada de seção nº 186 da ordem militar 1651, e obriga o preso a cumprir o restante de sua antiga condenação. No caso de Samer Issawi, ainda lhe resta 20 anos.
 
Detentos Jaffar Ezzedine, 41 anos, e Tariq Ka’adan, 40 anos, ambos da Aldeia Arraba – distrito Jenin
Os dois presos políticos palestinos entraram em greve de fome em 28/11/2012, e em 24/02/2013 foram transferidos da clinica prisional de Ramla para hospital Assaf Harofe, em decorrência do estado crítico de saúde dos dois e por se recusarem a beber água.
Oito prisioneiros declaram fazer parte da batalha em greve de fome
1)    Muna Ka’adan, da Aldeia Arraba – Distrito Jenin.
Entrou em greve de fome em solidariedade ao seu irmão Tariq. De acordo com as informações ela é mantida em isolamento punitivo na prisão Nefe Trtseia
2)    Maher Younes
O preso veterano começou sua greve de fome em 24/02/2013 e está detido na prisão de Jalboa. Declarou greve de fome para destacar a situação dos prisioneiros antes do Acordo de Oslo, que totaliza 106 prisioneiros, e para reforçar a necessidade de libertá-los. O prisioneiro Maher tem 54 anos e já passou mais de 30 anos atrás das grades
3)    Hazem Tawil, da cidade de Al Khalil ( Hebron)
Preso Administrativo, iniciou sua greve de fome um dia depois de ser preso pelas forças de ocupação, no dia 20/02/2013. Também faz parte da Revolução do Estômago Vazio para protestar contra as medidas ilegais da prisão administrativa, que lhe condenou, sem acusação formal, a 6 meses de detenção. Ele se encontra na prisão Ufer
4)    Samer El Baraq, 38 anos, da aldeia de Jeyos, distrito de Qalqilia
Prisioneiro desde julho de 2010 sob as condições da prisão administrativa. No dia 24/02/2013 o promotoria militar renovou a condenação de sua prisão administrativa por mais 3 meses, decisão que o motivou a declarar greve de fome. Anteriormente, durante 2 anos ele participou de várias greves nas carceragens israelenses. Ele está detido na prisão Hadarim

A Associação Addameer de Defesa aos Presos Palestinos e aos Direitos Humanos foi notificada sobre a decisão do prisioneiro Younes Al Haroob, que declarou greve de fome em protesto contra sua prisão administrativa.
Também os presos Omar Dar Deyab, Ayman Saqer, Sufian Rabi’i entraram em campanha aberta de greve de fome em apoio e solidariedade aos outros presos.

A Addameer manifesta sua profunda preocupação com a vida dos prisioneiros e detidos em greve de fome, e considera que uma solução justa para a questão dos prisioneiros é acatar as demandas dos encarcerados políticos, as exigências em relação ao tratamento dos prisioneiros e de todos os prisioneiros palestinos sob o direito humanitário internacional, em particular o da Convenção de  Genebra III e IV, e outras convenções do direito internacional dos direitos humanos.

A Addameer convoca a República Árabe do Egito para intervir duramente neste problema, trabalhando para a efetiva liberdade de todos os prisioneiros que foram detidos novamente depois de serem liberados em acordo. Também, obrigar as forças de ocupação a revogar a seção 186 que autoriza esse tipo de detenção.

A Associação Addameer condena a decisão do sistema carcerário de Israel de impedir a visita de seus advogados  aos presos que se encontram em greve de fome. A decisão é considerada uma afronta a nossa entidade, como uma tentativa desesperada para silenciar a voz da Associação que segue com seu trabalho constante de apoio e defesa dos presos, com o intuito de assegurar-lhes seus direitos e sua segurança.

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